Guns N’Roses: Antes do Guns, Slash teria recebido ligação de Paul Stanley para entrar no Kiss
Segundo Marc Canter, disse em entrevista recente para Andrew DiCecco do site Vinyl Writer Music, que Slash antes do Guns N’Roses existir, teria recebido uma ligação de Paul Stanley para compor a formação do Kiss após a saída de Ace Frehley.
Marc Canter, hoje dirige o Canter’s Deli, restaurante e lendário ponto localizado na Fairfax Avenue em Los Angeles, Califórnia, Eua. E também é um dos melhores amigos de Slash, desde que ambos eram adolescentes. Este restaurante é próximo, a Sunset Boulevard.
Aqui um adendo para trazer o leitor, para o contexto do período. A Sunset Boulevard, é uma das mais famosas ruas de Los Angeles.
Nesta rua, existiam e ainda existem inúmeras casas de shows e bares, que fazem parte da história de um período extremamente importante e representativo da cena do hard rock norte-americano, do final dos anos 70 e durante toda a década de 80.
Rainbow, Whisky A Go Go, Troubadour, House Of Blues, são locais onde quem frequentava teve a maravilhosa oportunidade de ver e acompanhar, as primeiras apresentações de bandas como Van Halen, Mötley Crüe, Ratt, Dokken, W.A.S.P, Poison, entre muitas outras em maior ou menor nível de sucesso, prestígio e notoriedade.
Ali, começou também o Guns N’Roses. Aqui, voltamos para Marc Canter que em 1982 além de fazer parte da família proprietária do já citado restaurante, era fotógrafo amador.
Canter, registrou através de suas fotografias a ascensão de um músico e de uma banda que marcaram a história do Rock N’Roll e do Hard Rock. Slash, á época Saul Hudson era o músico e banda que começava, era o Guns N’Roses.
Marc Canter escreveu com Jason Porath a biografia intitulada(título aqui no Brasil):
”Reckless Road: Guns N’Roses e o Making of do Álbum Appetite for Destruction), que possui fotos adicionais de Jack Lue.
Canter estava promovendo durante esta entrevista ao site Vinyl Writer Music, o seu novo podcast em formato de vídeo, intitulado The First 50 Gigs: The Making of Appetite for Destruction, ao qual Jason Porath, foi co-criador.
Perguntado, sobre como ele escolhia o que falar e o que omitir no podcast, Canter disse:(transcrição via Sleaze Roxx com pequenas edições):
“Bom, tinha o vocalista do London, Nadir D’Priest… Eu me lembro quando Slash se juntou ao Hollywood Rose, o Izzy [Stradlin] saiu ao mesmo tempo, em que Slash entrou…”
”Porém Slash não estava substituindo Izzy, mas sim Chris Weber e Izzy saiu ao mesmo tempo não se sabe porque… Talvez Izzy, quisesse que Tracii [Guns ] tivesse entrado ao invés de Slash – não sei ao certo, o que ele pensava…”
”Izzy em seguida entra para o London. Pouquíssimo, tempo depois já sai… Slash e Steven [ Adler ], anteriormente também passaram pelo London, por três ou quatro semanas…”
”Então, pensei: “Quer saber? Passaram pelo London três membros do Guns N’Roses, que gravaram o Appetite For Destruction… Então, vale a pena conversar com a Nadir D’Priest para ver o que ele pode ter a dizer sobre isso…”
”Então, você começa a pensar: “Quem pode nos ajudar?” Mesmo que seja apenas algo que não descobrimos da primeira vez, quando fizemos o livro…”
”Eu quando estava fazendo aquele livro, pensava: “Depois de lançado e tendo ganhado projeção, vou olhar para o ele e adicionar algo a mais…”
”E isso nunca aconteceu, porque entrevistamos um monte de outras pessoas…”
”Os roadies, as namoradas, Tom Zutaut [A&R] e Mike Clink [produtor, engenheiro] e os caras que mixaram o álbum[Appetite For Destruction]…”
”Quando você tem todo esse material – além de ter entrevistado todos os membros originais da primeira banda do Slash, pois todos tinham algo a dizer – não havia mais lugar para adicionar mais texto. Então, eu não consegui fazer isso…”
”Agora, que estamos passando[no podcast] pela parte dos primeiros shows… Nossa primeira temporada termina praticamente na ”Hell Tour” e eu tenho muito mais a dizer sobre cada um dos shows…”
“Então, à medida que passamos pelos shows, posso fazer o que planejei em primeiro lugar tentar dar um pouco mais de informação…”
”Tipo, o que estava acontecendo na época em que eles tocaram “Welcome to the Jungle” ou “Paradise City” pela primeira vez.”
Canter também afirma:”Além disso, há tantas outras coisas que não estão no livro…”
”Slash, mal se lembra disso – eu o vi algumas semanas atrás – e primeiro ele disse que não se lembrava, logo depois ele me disse: “Sabe, eu me lembro vagamente disso”.
”Paul Stanley ligou para Slash quando ele tinha dezessete anos e o entrevistou para se juntar ao Kiss quando Ace Frehley, saiu…”
“Mas Paul nem sabia quem era Slash, porque tudo que Paul sabia é que ele ligou para um garoto; ele não tinha ideia de quem o garoto Saul Hudson, era…”
”E como ele conseguiu esse número? Porque Slash estava trabalhando em uma loja de música de Hollywood… O dono da loja, via Slash plugar a guitarra e no espaço de tempo, em que entrava um cliente e outro, e começava a tocar…”
”O proprietário viu que o Slash era extraordinário e quando descobriu que o KISS, estava procurando um guitarrista, recomendou Slash …”
”Paul Stanley ligou para ele, mas Paul sabia que o garoto tinha apenas dezessete anos e isso poderia ser um problema legalmente…”
”Não estou dizendo que não existem músicos menores de idade – existem – mas pode haver algum risco ao se fazer uma turnê com o Kiss…”
”Você não sabe o que pode acontecer com um garoto de dezessete anos… Então, Slash conseguiu passar pela fase da entrevista por telefone, mas ele e Paul, nunca chegaram a se ver…”
”Os caras do Kiss nunca fizeram com que ele aprendesse algumas músicas e olhassem para o que Slash poderia fazer… Se eles tivessem feito isso, Slash talvez estaria no Kiss e o Guns N’ Roses nunca teria existido… Essa é a parte engraçada disso, tudo. Então, no final das contas deu tudo certo…”
”O Paul Stanley estava realmente perguntando: “Você poderia fazer uma turnê? Seus pais concordariam com isso? Você poderia gravar?”
”Ele estava fazendo as perguntas, mas ele nunca chegou ao próximo nível e Vinnie Vincent foi contratado, e isso foi o fim de tudo…”
”Há histórias assim que se perderam e nunca se transformaram em nada. São histórias interessantes…”
”Há vários delas e eles aparecerão[no podcast] quando chegarmos na parte dos shows após a ”Hell Tour”